Normalmente eu evito tratar de uma das minhas maiores paixões no espaço deste blog, a saber: o Botafogo de Futebol e Regatas. Entendo que assim como a religião (que, no caso, eu não possuo) o clube de futebol é algo que pertence a esfera do privado e, sendo assim, costumo voltar minhas atenções neste espaço aos debates eminentemente públicos da nossa realidade. No entanto, a avassaladora fase pela qual vem passando o Fogão e o sepulcral silêncio do flamenguismo no espaço dos blogs co-irmãos da cidade, retiraram-me momentaneamente da minha posição natural quanto ao tema. Na verdade, o que venho comentar é o interessantíssimo blog "Botaguismo" (http://www.botafoguismo.blogspot.com/) criado por um pessoal que, como eu, é apaixonado pelo Botafogo e cultua a identidade botafoguense como uma identidade necessariamente progressista e de esquerda que, na verdade, é o espírito clássico dos botafoguenses e que vem sendo maculado por uma certa onda de novos botafoguenses. Vale a pena conferir e viva o Fogão!
sábado, 30 de agosto de 2008
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7 comentários:
esse blog aí é só de imagens, ou tem textos também?
afinal, a leitura não é acessível a todos que professam esse ritual masoquista chamado "botafoguismo"...
O que vem de baixo (literalmente, da tabela) não nos atinge. Hahahahahah!
Xacal, não se trata de masoquismo. Aprendemos muito com a derrota. Para torcer para o Botafogo, é preciso saber sofrer e entender de futebol. Somos um time pobre, como atestou uma reportagem da Revista Caros Amigos sobre o Corinthians. Somos os proletários do futebol. Botafogo Campeão é sinônimo de Revolução. Tanto que durante a ditadura ficamos no jejum. Mas nem tudo é derrota. Temos uma história bonita. Fomos a base da Seleção Brasileira Bi-Campeã do Mundo. Em jogos do Botafogo foram inventados o "olé" e o "fair play". O botafoguismo é mesmo uma religião.
Valeu Wesley, Fogão até morrer!
Caro Wesley,
Masoquista e proletário, pode até ser, mas não vale manipular os fatos e datas...
O botafogo foi, como vc disse a base de 62, mas em 68, no ano do AI5 o fogão estava a todo vapor, e mandou para a copa de 70 o furacão da copa...
essa "ideologização" do futebol até que ficou bonitinha, mas no caso dessa "vitimização", não cola...
aliás, não era um general heleno das tantas que era chefe da cbd na época de 70, e justamente cartola do bota...? refresquem minha memória...
Xacal, pelo menos você reconhece que o Botafogo era o melhor time da época. Heleno Nunes era conselheiro do Vasco da Gama. O Botafogo tinha Paulo César Lima, que era contra o regime militar. O último título do Botafogo, antes do carioca de 1989 contra o Flamengo, tinha sido a Taça Brasil de 1968 contra o Fortaleza(a final foi em 69). Em 71, perdemos o Carioca para o Fluminense e o Brasileiro para o Atlético-MG. Um dado do tempo do AI-5: mesmo ficando em segundo lugar no Festival da Record, no Maracanãzinho, "Prá não dizer que não falei de Flores", de Geraldo Vandré, ficou na memória de todos.
Wesley, e "TIO Bacon", sou flamenguista, mas vou contribuir com essa sessão nostalgia:
Para mim, o Botafogo deu a esse país, e ao mundo, a melhor e maior representação desse esporte, naquilo que ele tem de lúdico, irresponsável, plástico e conflitante: Mané Garrincha...
Como a mídia hipócrita e manipulada "escolheu" Pelé para o papel de bom moço e propagandista do futebol, embora Garrincha tenha reconhecido todos os seus filhos, pelo menos os que ele sabia que eram deles...
A mistura entre a atividade pública do jogador e sua vida privada talvez lhe tenha feito afundar mais em seus problemas de alcoolismo, assim como Maradona, outro deus do futebol...
Engraçado...Não me emociono ao ver as jogadas do Pelé, embora admita que ele seja o melhor...
Mas Garrincha e Maradona são humanos, com defeitos e ainda assim transcendem ao Olimpo quando tocam a bola...
Salve Mané...
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