Não há dúvidas de que vivemos nesta semana um momento profundamente histórico. A eleição de Barack Hussein Obama para a presidência dos Estados Unidos é um marco extremamente significativo na história daquele país e, com base em seu papel preponderante nas relações internacionais, com implicações importantes para o mundo.
Barack Obama, um homem negro com ascendência direta na cultura árabe da África oriental, ao chegar à presidência dos EUA, derrotando o candidato de George W. Bush e pondo fim à era dos neo-conservadores puro-sangue na Casa Branca, é a expressão de uma séria e grande transformação na sociedade estadunidense, fundamentalmente no que diz respeito ao aspecto cultural. Para quem acompanha com alguma atenção a história das lutas do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos e das agruras e sofrimentos da população afro-estadunidense naquele país, assistir o discurso de vitória de Obama diante de uma imensa multidão de eleitores extasiados foi bastante emocionante. No entanto, indo além do aspecto emocional e apelando à razão, torna-se importante deixar claras algumas questões.
Em primeiro lugar, é preciso estabelecer que a gravidade da crise econômica que afeta os EUA, a formação intelectual de Obama, forjada na Universidade de Chicago, a Meca do neoliberalismo, e a natureza da maior parte de seu corpo de conselheiros de economia e política externa (principalmente no que se refere ao Oriente Médio), não sugerem um horizonte de rupturas significativas no encaminhamento concreto da política interna e externa estadunidense, o que pode gerar bastante frustração popular a médio prazo.
Do ponto de vista da eficácia da intervenção internacional dos interesses corporativos estadunidenses, os novos tempos são promissores. O apoio ou a aceitação, no estrangeiro, da dominação econômica, política e estratégica dos EUA sobre o mundo volta, com Obama, a ser um posicionamento político-intelectual considerado relativamente avançado e sofisticado, o que havia deixado de ser sob a truculência Bush. No Brasil, os setores econômicos e políticos mais profundamente articulados com os interesses do imperialismo estadunidense devem voltar a gozar de um prestígio relativo e de uma maior “legitimidade” intelectual. Este é o novo caminho do combate das idéias.
5 comentários:
Com essa eleiçao que,como foi dito,mudou modelo estadunidense pode haver um grandu mudança na politica global como um todo.A mudança de um dos poderosos do contexto global muda todos abaixo e ao redor dele.Agora só nos resta esperar para ver oq será feito nessa nova etapa.É claro,q torcemos por uma melhora
Caro relangueiro, eu também não sou daqueles que dizem que a eleição de Obama não significa nada. Todo mundo que conhece um pouquinho da sociedade e da história estadunidense, sabe da grandiosidade deste acontecimento: a eleição para presidente de um homem negro. No entanto, é preciso fazer uma análise mais detida sobre as propostas, a equipe e os apoios empresariais de Obama, para perceber que, do ponto de vista da política prática, a ruptura será menor do que se pode imaginar a princípio.
Pois é. Essa será a nova maneira dos EUA dominarem o mundo. Rsrsrs. Não sei se foi uma mudança dos EUA ou uma mudança da demanda mundial refletida na sociedade norteamericana. Talvez essa seja a nova face da dominação. De qualquer forma, representa um avanço e tanto! Agora, Maycon, eu não sei se o Obama estudou na Universidade de Chicago ou em Harvard. Me parece que foi em Harvard, e lá, no curso de direito cursado pelo próprio Obama, é um dos centros de estudos da questão dos direitos civis, contando inclusive com um professor (combatido pela atual reitoria da universidade), Cornel West, que é uma liderança do movimento afro-estadunidense.
De qualquer forma, acho que é perigoso nutrir expectativas, assim como foi (não de mimna parte) em relação a primeira eleição de Lula.
Ele estudou em Harvard Rosselini, mas foi professor em Chicago, constituindo boa parte de sua personalidade política e intelectual por lá, como ele afirmou a alguns importantes meios de comunicação estadunidenses. De qualquer maneira, o conjunto de personalidades que o cercam mais de perto não trazem muitas promessas de grande ruptura em relação ao establishment. Esperemos e vejamos. Um abraço!
Nao sera este homem o ANTICRISTO,reparem bem no que ele falou da primeira vez no discurso....tentei descodificar todas as palavras dele... e desde a tal carta que foi escrita e crimbada com o sangue de geraçoes (carta ás 7 igrejas).... paz no medio oriente (unificação dos povos) o carro dele (a besta) tao potente que os telemoveis em redor dele ficam sem rede!!!!!
sem duvida que quem tem noção do novo testamento da biblia no apocalipse.... tem tudo indicado para o fim dos tempos.... aguardo comentarios. e pensem bem em todos os promenores.
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