Hoje é 11 de setembro, uma data que certamente ficará para sempre na memória de todos aqueles homens e mulheres de bem que encaram a realidade de frente, prezando sempre, e em primeiro lugar, pelos elevados valores expressos na simples e poderosa noção de humanidade. Nunca mais será possível ignorar esta data que lembra uma das maiores catástrofes humanas que já aconteceu em nosso continente. Ficarão para sempre em nossas memórias os milhares de mortos, a destruição e a selvageria.
Foi em um dia 11 de setembro, anos atrás, que foram definitivamente estilhaçadas as ingênuas, mas generosas, ilusões a respeito da possibilidade de cultivar e fazer florescer a democracia e a liberdade em meio às trevas de um obscurantismo brutalmente violento. A otimista crença de que um povo orgulhoso de si próprio e de suas capacidades materiais, intelectuais e morais poderia desenvolver-se livremente, construindo sua sociedade com suas próprias mãos, com trabalho duro, no sentido da realização efetiva do ideal democrático, não pôde perdurar e ir além deste dia 11 de setembro, há alguns anos atrás.
Os terroristas, amantes da destruição e inimigos da liberdade, aqueles que elevam como seu maior ideal a submissão do mundo inteiro às suas próprias prerrogativas, crenças e, por assim dizer, interesses, estes terroristas deixariam bem claro, em um dia 11 de setembro, que a liberdade se encontrava seriamente ameaçada. Uma nação que se afirmava na liberdade e na democracia não poderia esperar que o terror não tramasse sua sórdida vingança, e ela veio, em um dia 11 de setembro, embebida em ódio, violência e devastação chocantes aos olhos de todo o mundo.
Há 35 anos, no Chile, em um dia 11 de setembro, o vicejante sonho de uma feliz e resplandecente democracia, verdadeira porque socialista, foi afogado em um banho de sangue dirigido pelo general Augusto Pinochet, de braços dados com a burguesia chilena e com o governo dos Estados Unidos da América, o maior terrorista de Estado da história. O povo chileno a partir do dia 11 de setembro de 1973 foi submetido a horrores inauditos: perseguições, torturas, massacres. O presidente Salvador Allende, maestro da sinfonia do grande sonho do caminho democrático ao socialismo foi bombardeado pela aviação e pelos tanques de guerra dentro do palácio presidencial e, honradamente, se tornou mais um entre milhares de homens e mulheres decentes, amantes da justiça, da liberdade e de democracia, que foram massacrados pelo terrorismo fascista naquele dia 11 de setembro.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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