Apesar de todos os escândalos de corrupção amplamente divulgados na imprensa, envolvendo os dois principais candidatos a prefeitura de Campos, e apesar da profunda indignação provocada por eles em amplos setores da população da cidade, a última pesquisa de opinião divulgada, relativa ao pleito municipal, indica que a velha e nefasta polarização entre as duas principais facções políticas dirigidas pelo lumpen-empresariado do município mantém-se firme, inabalada e, poderia dizer, renovada. Toda a turbulência provocada pelas intervenções do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na política municipal não foi capaz de alterar o quadro da “hegemonia compósita” exercida pelas facções em questão sobre a população da cidade e, mais ainda, demonstrou que qualquer transformação efetiva, em um sentido progressista e democrático, na política campista será o resultado de um processo desenvolvido, fundamentalmente, em base local, ou não será.
É possível afirmar que a principal responsabilidade pela inexistência de qualquer horizonte visível de ruptura com o estado de coisas imposto à cidade pelo lumpen-empresariado local e suas facções políticas, recai sobre a tradicional “esquerda campista”, representada principalmente pelo PT e, em menor medida, pelo PC do B. O caráter ultra-pragmatista e, diria mesmo, zelosamente moderado e conservador, deste setor político na cidade o incapacitou para levar adiante a tarefa de se constituir em uma força política independente – ainda menos, em um força política independente, expressão dos interesses e necessidades das maiorias empobrecidas, da classe média e da juventude – o que resultou em sua transformação na “quinta roda” do carro da política municipal dirigida pelo lumpen-empresariado reacionário e corrupto local.
Campos, talvez mais do que o Rio de Janeiro, é uma cidade violentamente partida entre uma minoria com acesso aos bens e serviços básicos da vida civilizada e uma ampla maioria condenada a uma existência plena de carências materiais e culturais de toda espécie. O poder das facções políticas dominantes na cidade se baseia no corrupto apelo ao tipo de racionalidade desesperada e de degradação moral que se materializa no clientelismo, respectivamente, junto às massas populares e junto a setores amplos da classe média, acossados pela estagnação econômica do município.
Uma alternativa ao quadro político pavoroso que está consolidado na cidade só poderá se construir com o desenvolvimento de uma força política de esquerda que saiba ir além da academia, da burocracia sindical e do jornalismo (blogueiro, ou não), contribuindo com a organização das massas populares nos bairros e distritos da periferia, dos trabalhadores rurais, dos demais assalariados e dos estudantes. Somente nesta direção e com uma perspectiva política de defesa da independência de classe dos trabalhadores, sem improvisações de última hora, é que será possível desenvolver uma base de sustentação real para um movimento efetivamente progressista, democrático e popular, que combata a corrupção e o clientelismo, e conquiste, na luta (e no governo, ou não) o desenvolvimento econômico da cidade e a elevação das condições materiais e culturais do povo.
É possível afirmar que a principal responsabilidade pela inexistência de qualquer horizonte visível de ruptura com o estado de coisas imposto à cidade pelo lumpen-empresariado local e suas facções políticas, recai sobre a tradicional “esquerda campista”, representada principalmente pelo PT e, em menor medida, pelo PC do B. O caráter ultra-pragmatista e, diria mesmo, zelosamente moderado e conservador, deste setor político na cidade o incapacitou para levar adiante a tarefa de se constituir em uma força política independente – ainda menos, em um força política independente, expressão dos interesses e necessidades das maiorias empobrecidas, da classe média e da juventude – o que resultou em sua transformação na “quinta roda” do carro da política municipal dirigida pelo lumpen-empresariado reacionário e corrupto local.
Campos, talvez mais do que o Rio de Janeiro, é uma cidade violentamente partida entre uma minoria com acesso aos bens e serviços básicos da vida civilizada e uma ampla maioria condenada a uma existência plena de carências materiais e culturais de toda espécie. O poder das facções políticas dominantes na cidade se baseia no corrupto apelo ao tipo de racionalidade desesperada e de degradação moral que se materializa no clientelismo, respectivamente, junto às massas populares e junto a setores amplos da classe média, acossados pela estagnação econômica do município.
Uma alternativa ao quadro político pavoroso que está consolidado na cidade só poderá se construir com o desenvolvimento de uma força política de esquerda que saiba ir além da academia, da burocracia sindical e do jornalismo (blogueiro, ou não), contribuindo com a organização das massas populares nos bairros e distritos da periferia, dos trabalhadores rurais, dos demais assalariados e dos estudantes. Somente nesta direção e com uma perspectiva política de defesa da independência de classe dos trabalhadores, sem improvisações de última hora, é que será possível desenvolver uma base de sustentação real para um movimento efetivamente progressista, democrático e popular, que combata a corrupção e o clientelismo, e conquiste, na luta (e no governo, ou não) o desenvolvimento econômico da cidade e a elevação das condições materiais e culturais do povo.
2 comentários:
Gostaria de ter escrito este texto, meu caro sociólogo. Parabéns!
Grato pela consideração e seja sempre bem-vindo! Um abraço!
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