Finalmente o Partido Democrata dos Estados Unidos nomeou Barack Obama como candidato presidencial para disputar contra o republicano John Mc Cain. Obama vem sendo construído, nos EUA e no mundo, como o candidato das mudanças contra o legado da era Bush. Certamente, não é possível desconsiderar o enorme simbolismo expresso no fato de se apresentar um candidato negro à presidência da república nos Estados Unidos, e é mais importante ainda levar em consideração a força dos anseios mudancistas naquele país que fazem da candidatura Obama, uma candidatura viável. No entanto, é fundamental ir além do aspecto simbólico para sabermos se a candidatura de Barack Obama, de fato, se apresenta como autêntica mudança no âmbito da política interna e externa dos EUA.
Apesar de ser negro e de contar com o apoio do movimento negro estadunidense, Obama trabalha a todo transe para desvincular-se da imagem de “candidato negro”. Esta característica de sua campanha não só é importante como é possível afirmar que esta é a característica central de sua campanha, baseada na mística de uma “América (sic) pós-racial”. Do ponto de vista mais especificamente ideológico, Obama constantemente faz referência a Ronald Reagan como uma figura emblemática e exemplar. Não é demais lembrar que Ronald Reagan foi o protagonista da reação conservadora na política estadunidense que pôs fim ao processo de conquistas – pequenas, mas importantes – que os setores progressistas vinham impondo, desde os anos 60, no plano social.
No que diz respeito à política externa, as últimas declarações do candidato democrata não são muito favoráveis a conclusões mudancistas, e podemos dizer que é justamente aí, onde mais interessa ao mundo, que Obama não deixa espaço para qualquer mínima veleidade progressista. Obama defendeu a manutenção do embargo econômico a Cuba, a defesa incondicional do Estado de Israel, a necessidade de derrotar o Hamas em Gaza, a possibilidade de usar força militar contra o Irã, e a necessidade de retirar as tropas do Iraque em um “processo lento e seguro”. Serão estas as mudanças de Obama? Aguardemos!
Apesar de ser negro e de contar com o apoio do movimento negro estadunidense, Obama trabalha a todo transe para desvincular-se da imagem de “candidato negro”. Esta característica de sua campanha não só é importante como é possível afirmar que esta é a característica central de sua campanha, baseada na mística de uma “América (sic) pós-racial”. Do ponto de vista mais especificamente ideológico, Obama constantemente faz referência a Ronald Reagan como uma figura emblemática e exemplar. Não é demais lembrar que Ronald Reagan foi o protagonista da reação conservadora na política estadunidense que pôs fim ao processo de conquistas – pequenas, mas importantes – que os setores progressistas vinham impondo, desde os anos 60, no plano social.
No que diz respeito à política externa, as últimas declarações do candidato democrata não são muito favoráveis a conclusões mudancistas, e podemos dizer que é justamente aí, onde mais interessa ao mundo, que Obama não deixa espaço para qualquer mínima veleidade progressista. Obama defendeu a manutenção do embargo econômico a Cuba, a defesa incondicional do Estado de Israel, a necessidade de derrotar o Hamas em Gaza, a possibilidade de usar força militar contra o Irã, e a necessidade de retirar as tropas do Iraque em um “processo lento e seguro”. Serão estas as mudanças de Obama? Aguardemos!
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