Uma das falácias da intelectualidade neoliberal é afirmar o estágio atual de desenvolvimento do capitalismo como aquele em que vai se consolidando uma “sociedade pós-industrial”, uma “sociedade do conhecimento”. Dentro desta linha de argumentação o antagonismo entre capital e trabalho estaria em vias de extinção, já que o processo produtivo material estaria perdendo completamente sua relevância frente aos processos econômicos baseados no conhecimento.
Os neoliberais profetizam a alvorada de uma espécie de Era de Aquário do conhecimento, ao mesmo tempo em que formulam políticas públicas que precarizam os sistemas de ensino e seus profissionais. A degradação da carreira do magistério está diretamente ligada às políticas neoliberais que, ao submeter as maiorias populares ao desemprego estrutural, privam a escola da “promessa integradora” que sempre constituiu o principal fundamento de sua legitimação diante das massas.
O capitalismo contemporâneo é naturalmente inimigo dos professores porque possui como prioridade combater, simultaneamente, os espaços públicos e democráticos institucionalizados no Estado e o conhecimento racional. Nós professores temos como função primordial socializar o conhecimento racional (científico, filosófico, artístico, e etc) e porque, como já dizia o mestre Demerval Saviani, “ se os dominados não dominarem aquilo que os dominantes dominam jamais se libertarão de sua dominação”, nossa profissão possui, imanentemente, um conteúdo democrático e progressista. Precisamos ter clareza de que os interesses do capital se opõem ao nosso progresso e à natureza de nossa carreira, portanto, companheirada, neste dia dos professores devemos saber que nossa atividade docente exige, como seu complemento indispensável, a organização e a luta!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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