Um dos mais importantes dogmas da teologia neoliberal do Deus-Mercado, a imperiosa necessidade de garantir absoluta independência aos Bancos Centrais em relação aos órgãos estatais sujeitos à soberania popular vive uma profunda – e talvez terminal – crise de legitimidade. Diante de tal situação divulgo abaixo o artigo recentemente redigido pelos estudiosos Juan Torres Lopez e Alberto Garzon Espinosa, e publicado no portal da agência Carta Maior, que constrói um bem elaborada crítica aos fundamentos ideológicos da independência dos Bancos Centrais.
O grande fracasso dos Bancos Centrais independentes
A crise que estamos vivendo pôs em evidência muitos fracassos que já ninguém pode dissimular: o da ideia de que os mercados se podem auto-regular com sucesso, o dos princípios que inspiraram a gestão financeira e, sobretudo, o daqueles que fizeram crer a todo mundo que aquilo que convém aos financeiros e especuladores é bom para todos, para citar apenas três deles. Mas há um fracasso especialmente importante, o qual se tenta varrer para debaixo do tapete: o dos bancos centrais independentes.
O grande fracasso dos Bancos Centrais independentes
A crise que estamos vivendo pôs em evidência muitos fracassos que já ninguém pode dissimular: o da ideia de que os mercados se podem auto-regular com sucesso, o dos princípios que inspiraram a gestão financeira e, sobretudo, o daqueles que fizeram crer a todo mundo que aquilo que convém aos financeiros e especuladores é bom para todos, para citar apenas três deles. Mas há um fracasso especialmente importante, o qual se tenta varrer para debaixo do tapete: o dos bancos centrais independentes.
Nas últimas décadas tiveram no papel uma capacidade imensa para decidir, vigiar, autorizar ou pôr em andamento a política monetária. Praticamente não houve um aspecto das finanças nacionais e, por extensão, internacionais sobre o qual não tenham podido atuar mais ou menos diretamente. E tudo isso sem interferências, com plena independência, de modo que agora não podem assacar senão às suas próprias limitações os desastres que contribuíram para provocar. Com o tempo, poder-se-á analisar com mais detalhe o papel que tiveram, mas de momento é fácil avaliar que, ao impulsionar as mudanças tão negativas que ocorreram nos últimos anos e ao deixar agir os grandes poderes financeiros, atuaram como catalisadores da crise.
(...)
Íntegra do texto em: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15840
2 comentários:
Confirmado: Americano e Botafogo em Campos dia 8 de abril (quarta-feira), às 19h30.
Então, por falar nisso... famos tomar uma no Assis hoje?
Apareço por lá um pouco mais tarde, ok?
Abração.
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