quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ombro a ombro

Mais uma vez gostaria de fazer deste espaço uma modestíssima, mas real, tribuna da luta da classe trabalhadora deste país. Neste momento os operários terceirizados da Refinaria da Petrobrás de São José dos Campos estão enfrentando uma duríssima retaliação patronal que deve ser combatida com a solidariedade de todos os amigos e amigas da luta popular progressista. Segue abaixo o texto da campanha de solidariedade aos operários terceirizados da REVAP movida pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) que desde o primeiro momento esteve lado a lado com a vanguarda dos trabalhadores mobilizados na refinaria.


Cobrir de solidariedade a luta dos trabalhadores da REVAP!
Responsabilizar a PETROBRÁS pelos atos anti-sindicais e exigir de Lula que reintegre os trabalhadores!
Abaixo o lockout!
Após a vitória dos trabalhadores da REVAP, que após 31 dias de greve garantiram 10% de reajuste, 90 dias de ESTABILIDADE, reembolso de passagens para visitar os familiares a cada 120 dias e depois com mobilizações e negociações o abono de 15 dias da greve e a possibilidade de compensar os demais dias, a PETROBRÁS, juntamente com as empreiteiras tomadoras da obra (Consórcio ECOVAP, Camargo Correia...), numa atitude ANTI-SINDICAL, demitiu por "justa-causa" cerca de 140 trabalhadores, incluindo a comissão de negociação.
Este fato gerou uma reação por parte dos 12 mil trabalhadores daquela obra, que realizaram imediatamente nova paralisação, exigindo a reintegração dos demitidos.
A PETROBRÁS, numa atitude CRIMINOSA, típica do período da DITADURA-MILITAR, autorizou a entrada do BATALHÃO DE CHOQUE no interior da refinaria durante a noite para REPRIMIR os manifestantes. Esta atitude poderia ter resultado na MORTE de vários trabalhadores, dada a VIOLÊNCIA com que foi realizada; Utilizando-se de bombas de "efeito-moral", tiros, spray de pimenta e muita truculência, poderia ter provocado UM ACIDENTE sem proporções calculáveis, pois, como todos sabem, uma refinaria petrolífera é uma área de alto grau de riscos e EXPLOSÕES, o que poderia ter conseqüência para todos os moradores em torno da refinaria em São José dos Campos.
Após estes fatos, a PETROBRÁS iniciou um LOCKOUT à execução do projeto de expansão e modernização da REVAP, proibindo a entrada dos 12 mil trabalhadores da obra. Frente a esta situação a COMISSÃO dos empregados da REVAP acionou o MPT - Ministério Público do Trabalho para solicitar a REINTEGRAÇÃO dos demitidos. Em audiência realizada no dia 16/07/2008 o MPT recomendou a reintegração imediata de todos os demitidos. Na ocasião a ECOVAP e a CAMARGO CORREIA afirmaram que não irão cumprir a recomendação. Enquanto isso, a PETROBRÁS segue o LOCKOUT e toma iniciativas que deixam transparecer sua intenção de tentar CRIMINALIZAR O MOVIMENTO, com a realização de perícias criminais e coisas do tipo.
A CONLUTAS esteve e seguirá a frente desta batalha, inclusive com o respaldo de ter sido chamada pelos próprios trabalhadores desde o início deste processo, visto que os mesmo não aceitam e não confiam em serem representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de SJC, que é filiado à CUT e que tem atuado de acordo com os interesses dos patrões, da PETROBRÁS e do GOVERNO LULA operando para derrotar o movimento.
Com este quadro nossa luta toma nova dimensão e um certo caráter de URGÊNCIA, pois além de seguir a luta política é necessário uma campanha de solidariedade MATERIAL para garantir a resistência dos 140 demitidos que já tiveram seus salários suspensos e como conseqüência passam a sofrer maiores e mais graves privações com seus familiares;
Por isso solicitamos:
1- Intensificar a campanha de repúdio às ações da PETROBRÁS e suas empreiteras
As moções devem ser encaminhadas ao presidente da PETROBRÁS, José Sérgio Gabrielli de Azevedo (
presidencia@petrobras.com.br), ao diretor-executivo de RH da PETROBRÁS, Diego Hernandes (diegohernandes@petrobras.com.br), ao diretor de RH da Revap, Sérgio Antunes de Oliveira (sergioaoliveira@petrobras.com.br) e aos empresários das empreiteiras do consórcio, na pessoa da diretora de RH da Ecovap, Heloísa Helena Madeira Noronha, heloisa.noronha@ecovap.com.br)
2- Enviar contribuições financeiras para garantir a resistência dos 140 demitidos e seus familiares.
Dados da conta para depósito:
Associação Coordenação Nacional de Lutas
Banco do Brasil
Agência 4223-4
Conta 8908-7
Ao realizar o depósito na conta, por favor enviar comprovante via fax (11) 3107-7984 para identificarmos a origem e o destino
3- Publicar esta luta em todos os nossos materiais e fazer uma exigência ao Governo Lula que afaste da PETROBRAS o responsável que autorizou a ação criminosa da PM e interfira para garantir a imediata reitegração de todos os demitidos
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