Os últimos números relativos à situação das contas externas brasileiras revelam uma estarrecedora condição na qual o país vai mergulhando. O déficit nas transações correntes do Brasil, ou seja, a diferença negativa entre todos os recursos que entraram e saíram do país na forma de lucros, juros e dividendos, alcançou, no primeiro semestre do ano, o índice recorde de 17, 7 bilhões de dólares. Segundo os próprios especialistas do Banco Central, o déficit atual se deveu ao aumento do volume das remessas de lucros e dividendos das empresas multinacionais atuantes no país para suas sedes, principalmente bancos e montadoras de automóveis (mais de 52% de todas as remessas enviadas ao exterior).
Apesar dos números extremamente negativos, Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, apressou-se em tentar tranqüilizar o público afirmando, em bom economês, que “o ingresso do IED – investimento estrangeiro direto – é mais do que suficiente para compensar o déficit” e, portanto, as nossas contas externas são “perfeitamente financiáveis”. Ora, o investimento estrangeiro direto efetuado no país no acumulado de 12 meses até junho chegou a cifra de mais de 30 bilhões de dólares, e utilizando a lógica positivista e quantitativista dos economistas de mercado chegamos à conclusão de que não há problema algum. No entanto, o raciocínio dos teólogos do deus-mercado mais esconde do que revela porque este investimento estrangeiro direto, além de se constituir diretamente em flagrante desnacionalização de nossa economia, também levará, no futuro breve, a um novo aumento das remessas de lucros enviadas às matrizes das multinacionais que aqui se instalam e apropriam do trabalho excedente da classe trabalhadora brasileira.
O quase-novo-desenvolvimentismo do governo Lula deixa cada vez mais claras suas profundas vinculações com os interesses recolonizadores do imperialismo quando, mesmo diante da divulgação destes alarmantes números, mantém inalterada a situação que isenta de taxação as remessas de lucros e dividendos das multinacionais para o exterior. A sangria desatada que drena para as potências imperialistas uma parcela imensa da riqueza nacional precisa parar, urgentemente.
Apesar dos números extremamente negativos, Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, apressou-se em tentar tranqüilizar o público afirmando, em bom economês, que “o ingresso do IED – investimento estrangeiro direto – é mais do que suficiente para compensar o déficit” e, portanto, as nossas contas externas são “perfeitamente financiáveis”. Ora, o investimento estrangeiro direto efetuado no país no acumulado de 12 meses até junho chegou a cifra de mais de 30 bilhões de dólares, e utilizando a lógica positivista e quantitativista dos economistas de mercado chegamos à conclusão de que não há problema algum. No entanto, o raciocínio dos teólogos do deus-mercado mais esconde do que revela porque este investimento estrangeiro direto, além de se constituir diretamente em flagrante desnacionalização de nossa economia, também levará, no futuro breve, a um novo aumento das remessas de lucros enviadas às matrizes das multinacionais que aqui se instalam e apropriam do trabalho excedente da classe trabalhadora brasileira.
O quase-novo-desenvolvimentismo do governo Lula deixa cada vez mais claras suas profundas vinculações com os interesses recolonizadores do imperialismo quando, mesmo diante da divulgação destes alarmantes números, mantém inalterada a situação que isenta de taxação as remessas de lucros e dividendos das multinacionais para o exterior. A sangria desatada que drena para as potências imperialistas uma parcela imensa da riqueza nacional precisa parar, urgentemente.
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