Enquanto no Brasil de 2008, a CUT e a Força Sindical apresentam em São Paulo a festa - ou a farra - do peleguismo estatal, subvertendo todo o significado do Primeiro de Maio e submetendo-o à lógica da celebração festiva da cooptação governamental e do abandono da luta de classes, há 40 anos atrás, os trabalhadores e a juventude organizados e conscientes de sua responsabilidade diante da história, protagonizaram jornadas internacionais de lutas, nas suas mais diversas modalidades, que sacudiram poderosamente as estruturas de poder e dominação estabelecidas para a reprodução da sociedade capitalista.
Se é possível dizer que o maior símbolo de 1968 é a mobilização do maio francês dos estudantes e operários, da mesma forma é impossível, de nosso ponto de vista, não honrar a luta dos combatentes vietnamitas contra o imperialismo estadunidense, dos brasileiros contra a ditadura militar e dos tchecos e eslovacos socialistas contra a opressão da burocracia estalinista tirânica. Já vai longe o maio de 1968 mas precisamos, como nunca, de seu espírito de rebeldia e inconformismo. Aqui na cidade de Campos, a sordidez do esquema político dominante, impulsiona, por si própria, um processo de tomada de consciência e uma inquietação mobilizadora que, entre outras coisas, vem multiplicando o democrático espaço da blogsfera e nos levou às ruas no "Chega de Palhaçada". É algo muito incipiente mas é algo. Cabe a todos os cidadãos racionais e críticos desta cidade posicionarem-se claramente diante do clientelismo corrupto e da demagogia populista das duas facções políticas dirigidas pelo lumpen-empresariado campista. Bebamos das águas do inconformismo e nos coloquemos na praça pública a serviço da construção de uma alternativa política democrática, progressista e popular identificada com as necessidades e interesses da maioria da população da cidade.
7 comentários:
Salve, Maycoon.
Bem-vindo ao mundo dos blogs.
Abração.
Campos não está nas mãos de Arnaldo e Garotinho, isso foi provado no "Chega de Palhaçada".
Infelizmente uma grande parte das forças populares está nas mãos dos grupos políticos (militância). Agora pintou uma dúvida: seria a militância uma força popular?
http://mauricioquitete.blogspot.com
Sinceramente, eu acredito que a espontaneidade das multidões tem um potencial muito limitado para realizar transformações consistentes na sociedade. A existência de grupos organizados (políticos) é não somente inevitável como necessária para orientar a insatisfação popular no sentido de consolidar as transformações. Em minha opinião o problema não é a existência destes grupos, por si mesma, mas o caráter dos grupos que aqui se impõem.
P.S: Valeu Jules, um abração!
Meu amigo Maycon,
Também não poderia deixar de saudar tão grata presença na "blogosfera" campista. A rede cresce e de forma qualificada!
Seja bem-vindo!
Só não vou te desejar boa-sorte no futebol (ha,ha,ha!), ao menos nesse fim-de-semana...
Brincadeira, que vença o melhor!
Abs.
Valeu grande Fábio, seja sempre bem-vindo. Um abração!
Assíduo observador dos blogs, vi com satisfação o anúncio do seu. Espiei e gostei. Seja benvindo à blogosfera, precisamos fortalecer e com qualidade essa possibilidade do fortalecimento ainda mais dessa mídia alternativa. Quem sabe, poderíamos atenuar o efeito danoso dessa polarização Folha x Diário, que observam a nossa Campos, com uma visão vesga, do verbo x verbas que entram em suas contas.
Valeu pela presença, eu também costumo frequentar o seu blog e me apropriar de suas informações. Vida longa aos blogs campistas e quem sabe seremos capazes de estarmos à altura de disputar, de fato, com a Folha e o Diário a transmissão de análises e informações, por meio de uma maior unificação de nossas atividades no futuro.
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