quarta-feira, 28 de maio de 2008

Trabalhar menos para trabalharmos todos


Hoje, em diversas cidades e estados do país, os sindicatos de trabalhadores filiados às várias centrais sindicais organizaram atos, manifestações e passeatas como parte de uma campanha nacional pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários e direitos, pela defesa da previdência pública e pela reforma agrária.
Os elevados ganhos de produtividade e de crescimento geral da atividade econômica, ou seja, da acumulação de capital, do período recente, tornam não apenas possível, como também necessária a redução da jornada de trabalho sem retirada de direitos dos trabalhadores, pois, em caso contrário, o resultado deste processo será o aumento do já monstruoso nível de desigualdade social e concentração de renda no país.
Uma das marcas fundamentais do sistema econômico capitalista é a constante renovação revolucionária dos padrões tecnológicos e organizacionais da produção. Nos marcos da propriedade privada e da economia de mercado, este constante processo de elevação da produtividade do trabalho significa, inevitavelmente, para a classe trabalhadora, desemprego e precarização.
Nos marcos de uma racionalidade e de uma lógica de interesses sociais distinta, o avanço da produtividade do trabalho pode e deve significar ampliação do tempo livre, da autonomia humana. O que realiza o movimento sindical neste dia de hoje, é apontar para a solução da crise social do desemprego estrutural massivo causado pelos avanços da tecnologia de produção a serviço do capital, indicando, inclusive a possibilidade de articulação de uma greve geral em defesa desta bandeira para breve. Até a vitória e sempre!

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