O ato “Chega de Palhaçada” revelou o cansaço e a indignação de um setor da sociedade campista que ainda não havia encontrado espaço para colocar, pública e explícitamente, suas exigências. Não se trata aqui de menosprezar, de forma alguma, os importantes protestos que vêm sendo realizados em diferentes bairros e distritos da periferia da cidade, sem contar as manifestações de algumas categorias profissionais, mas, por sua proposta de contribuir na construção de uma alternativa política que supere a nefasta bipolaridade estabelecida entre as facções que disputam o controle do orçamento municipal, o “Chega de Palhaçada” pode ser considerado o ato que trouxe um questionamento mais avançado.
É importante, neste momento de reflexão e amadurecimento da crítica, colocar de maneira clara a necessidade de uma verdadeira alternativa política a tudo aquilo que se consolidou na gestão pública da cidade. Mais importante do que eleger nomes ou partidos, ainda que isto seja importante, o momento exige a elaboração de uma pauta programática sobre a qual se construa uma alternativa de verdade. A crise pela qual atravessa a cidade de Campos dos Goytacazes é uma crise muito profunda que não se resolve apenas na superficialidade do âmbito administrativo, em Campos vivemos uma profunda crise econômico-social-política que precisa ser corajosamente enfrentada.
O que dá suporte à putrefata estrutura política que se estabeleceu nesta cidade é, fundamentalmente, a extrema miséria de amplos setores da população, a inadmissível desigualdade social e a asfixiante estagnação econômica. Para combater estes males que, desta forma, são a base do clientelismo corrupto, é necessário um programa que, entre outras coisas, estimule a atividade econômica (principalmente através da incorporação dos pequenos produtores e empreendedores, autônomos, informais e desepregados em iniciativas cooperativas e coletivas amparadas pelo poder público), valorize o serviço público (por meio de uma política de concursos públicos que elimine a nefasta prática do clientelista cabide de empregos e da terceirização), priorize a expansão qualificada das políticas sociais (saúde, educação, moradia, etc) e democratize a gestão pública (através da promoção de plebiscitos, referendos, e a constituição de conselhos populares e de servidores públicos de carreira que estabeleçam a participação popular na gestão e controle dos recursos públicos).
É o momento de lançar e aprofundar o debate sobre uma verdadeira alternativa para a cidade, de modo a não ficarmos eternamente andando em círculos, fugido do ruim para cair no mau. Para os apologetas do pragmatismo absoluto e da realpolitik que venham a afirmar que tais propostas são inviáveis ou inexequíveis é importante perguntar: ao que se pretende ser alternativa? Aguardamos a resposta.
É importante, neste momento de reflexão e amadurecimento da crítica, colocar de maneira clara a necessidade de uma verdadeira alternativa política a tudo aquilo que se consolidou na gestão pública da cidade. Mais importante do que eleger nomes ou partidos, ainda que isto seja importante, o momento exige a elaboração de uma pauta programática sobre a qual se construa uma alternativa de verdade. A crise pela qual atravessa a cidade de Campos dos Goytacazes é uma crise muito profunda que não se resolve apenas na superficialidade do âmbito administrativo, em Campos vivemos uma profunda crise econômico-social-política que precisa ser corajosamente enfrentada.
O que dá suporte à putrefata estrutura política que se estabeleceu nesta cidade é, fundamentalmente, a extrema miséria de amplos setores da população, a inadmissível desigualdade social e a asfixiante estagnação econômica. Para combater estes males que, desta forma, são a base do clientelismo corrupto, é necessário um programa que, entre outras coisas, estimule a atividade econômica (principalmente através da incorporação dos pequenos produtores e empreendedores, autônomos, informais e desepregados em iniciativas cooperativas e coletivas amparadas pelo poder público), valorize o serviço público (por meio de uma política de concursos públicos que elimine a nefasta prática do clientelista cabide de empregos e da terceirização), priorize a expansão qualificada das políticas sociais (saúde, educação, moradia, etc) e democratize a gestão pública (através da promoção de plebiscitos, referendos, e a constituição de conselhos populares e de servidores públicos de carreira que estabeleçam a participação popular na gestão e controle dos recursos públicos).
É o momento de lançar e aprofundar o debate sobre uma verdadeira alternativa para a cidade, de modo a não ficarmos eternamente andando em círculos, fugido do ruim para cair no mau. Para os apologetas do pragmatismo absoluto e da realpolitik que venham a afirmar que tais propostas são inviáveis ou inexequíveis é importante perguntar: ao que se pretende ser alternativa? Aguardamos a resposta.
7 comentários:
O mal é que qualquer alternativa que aparece é apoiada por parte da população. A verdade é que não vai ser qualquer doutor que vai melhorar Campos, muito menos blogueiros bravateiros. Precisamos de pulso firme, de quem sabe, de quem vai pra luta, não de quem quer o “bem do povo” e sim acima de tudo o bem de Campos!
Maycon dá uma passada no meu blog depois, criei um pouco antes do seu, mas só fiz um post: http://mauricioquitete.blogspot.com
Sexta-feira estamos esperando você, já montei um coral, espero que não comece a chorar lá!
Abração!
Olá,Maycon!
Muito interessante teu blog!De muito bom gosto a escolha dos temas!
Em relação ao texto, tenho uma dúvida: a escolha de um novo candidato (logicamente desvinculado dessa sujeira) vai possibilitar a mudança cogitada ou primeiramente deverão acontecer transformações para que a sociedade campista se convença da necessidade de um novo nome/partido para a política?
Nenhum dos caminhos parece simples.
E de que maneira a população jovem poderia contribuir para a construção de uma nova realidade politico-social?
Obrigada sempre!
Meu caro Maurício, permita-me discordar de você. Em primeiro lugar, o mais importante para promover uma transformação do quadro pavoroso no qual está mergulhada a cidade de Campos é a mobilização da sociedade. Os blogueiros, longe de bravateiros, têm sido importantíssimos no questionamento e na elaboração de propostas para uma transformação dos padrões corruptos e clientelistas que se consolidaram na cidade. Não vai ser nenhum doutor, blogueiro, usineiro, ou qualquer outro índivíduo "de pulso firme" que vai resolver a crise social e política da cidade sozinho. Ou os setores progressistas e democráticos da sociedade se mobilizam e organizam para impor uma mudança no quadro municipal, ou permaneceremos reclamando pelos cantos. Nina, não sei se isto responde qual é o meu ponto de vista.
Não digo que todos são assim, mas alguns acham que são o “dono da verdade”, e não é bem assim...É muito fá chegar no blog e falar: Fulano é ladrão, Sicrano é péssimo, e J. Fernandes é incompetente. Por isso estou lendo blogs mais “racionais” como o seu e o do Fábio.
Em nenhum momento disse que a mobilização não é importante, é uma das coisas mais importantes para Campos. Só foquei uma coisa: Se Campos continuar nas mãos dos mesmos candidatos vai ficar na saudade mais uma vez, afinal todos eles participaram desse governo, é a velha história, e ainda complemento: "quem não tem telhado de vidro que atire a primeira pedra!”. A população pode, candidatos não!
Abraços!
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"Não é mole não, vai pro Maraca só pra ver gol do Mengão..."
Correção de digitação:
Não digo que todos são assim, mas alguns acham que são os “donos da verdade”, e não é bem assim...É muito fácil chegar no blog e falar: Fulano é ladrão, Sicrano é péssimo, e J. Fernandes é incompetente. Por isso estou lendo blogs mais “racionais” como o seu e o do Fábio.
Em nenhum momento disse que a mobilização não é importante, é uma das coisas mais importantes para Campos. Só foquei uma coisa: Se Campos continuar nas mãos dos mesmos candidatos vai ficar na saudade mais uma vez, afinal todos eles participaram desse governo, é a velha história, e ainda complemento: "quem não tem telhado de vidro que atire a primeira pedra!”. A população pode, candidatos não!
Abraços!
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"Não é mole não, vai pro Maraca só pra ver gol do Mengão..."
Caros, concordo que bravatas de blog nao sao alternativas de nada. E nem bravatas de rua. Quando falamos em necessidade de mobilização, de que estamos falando? Do povo na rua? Como se faltasse apenas aderir a uma alternativa ja pronta. O que falta é de fato e alaborar um alternativa, que nao deve ser apressadamente buscada como uma alternativa eleitoral, e sim como uma alternativa politica. Nada de novo vai surgir nas proximas eleiçoes. So candidatos. A cidade e a população jogada na ignorancia e na corrupção são as mesmas. A alternativa deve começar pela mobilização de uma esfera pública, de debates como os que podemos fazer nos blogs "mais racionais". A politica nao se reduz a disputa de elições, como os cientistas politicos ortodoxos acham.
Caro Maurício,
Interessante seu comentário...
Confesso que fiquei pensando nele...
A sua assertiva sobre os blogs "bravateiros", e sua redução a solução dos problemas a personalismos pulsantes e fortes também são uma verdade...a sua verdade, tão correta, ou incorreta como as que vc rejeita...
Esse é o problema do debate democrático, mas paradoxalmente é sua solução...
Também procuro leituras mais coerentes com o que penso, dói menos...
Mas se quero contruir uma visão ampla da realidade e seus problemas, tenho que ler o que não gosto e não concordo...
Em tempo: sua contagem de tempo sobre a epidemia de dengue despreza o óbvio, na defesa do Secretário, que pelo nome deve ser parente seu (nada contra, é seu direito defender quem quer seja):
Uma epidemia de dengue é um acúmulo de incompetências na prevenção que eclodiram nos meses subseqüentes a saída do secretário...
Não é possível imaginar que o quadro epidêmico reuniu todos seus elementos para se instalar em um mês...pergunte ao secretário...
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